A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Saúde, realizou na quinta-feira (22/09) um encontro que reuniu mais de 50 pessoas, entre profissionais da saúde e equipes técnicas da Secretaria de Educação, no auditório do Banco Mumbuca, no Centro. O evento teve o objetivo de apresentar os serviços de saúde mental do município aos presentes, ampliando o entendimento sobre o fluxo de encaminhamento dos estudantes para as Unidades de Saúde da Família (USF). Além disso, evidenciou o papel do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e das Equipes Multidisciplinares de Atenção Psicossocial (EMAP) para oferecer assistência especializada aos casos de transtornos mentais moderados.
Durante a atividade, foi ressaltada a importância da articulação em rede e a aproximação dos profissionais das secretarias, ajudando na identificação de quadros de depressão e ansiedade entre os alunos, assim como no entendimento que a porta de entrada para o cuidado são as unidades de saúde. Em outra frente, os trabalhadores da educação puderam esclarecer dúvidas referentes ao acesso aos serviços de saúde mental da cidade.
O encontro contou com o compartilhamento de vivências de Diana Diniz, integrante do Núcleo Municipal de Prevenção à Violência; André Francisco, psiquiatra do Centro de Atenção Psicossocial infanto-juvenil (CAPSi); Raquel Alves, psicóloga da Emap; Bianca Soares, gerente da USF Central; além de Franciny Azevedo, psicóloga que atua no Caps II. No encerramento da ação, Gisele Diniz, psiquiatra do EMAP, e Alex Cardoso, farmacêutico da USF Santa Paula, se uniram para entoar releituras de canções nacionais consagradas, com letras voltadas à valorização da vida e atenção à saúde mental.
Raquel Alves, psicóloga da Emap, destacou o papel essencial do acolhimento no ambiente escolar, contribuindo para entender as demandas das crianças e adolescentes, o que faz toda a diferença no cuidado a essa população.
“O Setembro Amarelo é um momento para nos lembrarmos que não é preciso ser um especialista para ajudar aqueles que estão sofrendo, só necessitamos estar disponíveis para ouvir e entender essas pessoas. Isso tem ainda maior importância no contexto escolar, por se tratarem de crianças e adolescentes, o que nos demanda um olhar ainda mais atento. Por isso, é fundamental que a escola inclua no seu processo pedagógico momentos para a expressão dos estudantes, idealizando atividades para reconhecer tais sentimentos, para que eles se sintam acolhidos”, ressaltou.
Franciny Azevedo, psicóloga do Caps II, reforçou a importância da articulação e integração entre os profissionais para o acolhimento efetivo dos moradores, sendo primordial observar as dinâmicas sociais ao seu redor.
“As equipes de saúde atuam sempre em conjunto e, com isso, apoiamos a Estratégia de Saúde da Família, que é a porta de entrada dos atendimentos. Buscamos sempre a integralidade do cuidado aos usuários, abordando os aspectos sociais, culturais, profissionais e familiares envolvidos, algo essencial para a efetividade de todo processo, entendendo quem é esse usuário em todos os aspectos da vida cotidiana. Com isso, identificamos quem é esse sujeito no território em que está inserido e trabalhamos para a sua reintegração plena, fruto da articulação em rede que ocorre em Maricá”, concluiu.
Setembro Amarelo foi marcado por conscientização no Caps AD
O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Outras Drogas (CAPS AD) promoveu nesta sexta-feira (23) a ação “Celebrando a Vida”, direcionada ao Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio. No local, dezenas de pessoas atendidas pelo espaço contaram com dinâmicas lúdicas de conscientização realizadas pelos profissionais, receberam kits com brindes diversos e participaram de um café da manhã coletivo, integrando conscientização e sociabilidade.
