Os músicos de Maricá prestaram uma grande homenagem ao sambista Claudinho Guimarães, que faleceu no dia 14 de junho, vítima de um enfarte. Conhecido pelo seu enorme talento em compor diversos sucessos do ritmo, sua última apresentação foi em uma live durante a comemoração dos 206 anos de Maricá.
Claudinho deixou um legado especial para o meio artístico da cidade. A live, que contou com o apoio das secretarias de Cultura e de Comunicação, foi transmitida no Facebook e no Youtube da Prefeitura neste domingo (28/06) e reuniu nomes como Rafael Caçula, Jô Borges, JotaPê, Pitty Menezes, Mirene Alves, Matheus Gaúcho, Dalva Alves, Ronaldo Valentim, Wanderson Imperador, Pavarot e Cacau Souza.
A programação começou por volta das 17h e entrou pela noite com apresentações de aproximadamente 13 artistas que se lembraram do carisma e simplicidade do cantor e compositor. Homenagens de amigos e da família também foram transmitidas nos intervalos.
Uma das convidadas para a homenagem, Jô Borges disse que se reencontrou no samba através do Claudinho Guimarães. “A primeira vez que eu subi no palco cantando samba foi com ele, tem 17 anos e desde então todas as vezes que ele estava na praça com Samba de Boteco (projeto que era realizado pela Secretaria de Turismo e comandado por Claudinho) sempre me chamava para fazer participação e ultimamente a gente estava muito ligado porque além de vizinhos, a gente vinha conversando sobre alguns projetos que ia colocar em prática para os músicos da cidade. Falar de Claudinho me traz muita emoção, uma noite antes a gente estava conversando e parece que a ficha ainda não caiu. Eu tenho certeza que ele está muito feliz com essa homenagem”, ressaltou a cantora.
“Eu conheci Claudinho quando eu era criança e ele já tinha sucessos gravados por Zeca Pagodinho, Alcione e muitos nomes importantes do nosso samba. Ele sempre foi um cara muito humano, humilde, parceiro e sempre incentivou muito os músicos, principalmente aqui de Maricá. A sensação que a gente tem é que vamos estar cantando e ele vai chegar brincando e rindo. Por alguns momentos durante a apresentação a voz chegou a embargar, uma pessoa que deu muito ao samba mas que tinha muito a dar ainda”, falou emocionado o sambista JotaPê.
Pitty de Menezes conta que teve a oportunidade de cantar dois sambas com o Claudinho na Sapucaí, um desses foi à estreia dele na avenida em 2019, que falava sobre o Antônio Pitanga. “Eu conheci o Claudinho em uma reunião de compositores e viramos amigos. Estamos tristes e sabemos que ele vai deixar muita saudade, mas também vai deixar um grande legado de músicas que estouraram o Brasil todo, eu tenho certeza que onde ele estiver ele está feliz com essa homenagem”, afirmou.