Fórum de Atenção Psicossocial reuniu dezenas de pessoas para dialogar sobre saúde mental

Atividade abordou situações do cotidiano de crianças e adolescentes, buscando qualificar o cuidado oferecido na rede

sexta-feira, 23 agosto 2024

Foto: Divulgação

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Saúde, promoveu nesta sexta-feira (23/08) o Fórum Permanente de Atenção Psicossocial no auditório da Faculdade de Ciências Médicas de Maricá (Facmar), no Flamengo, com rodas de conversa sobre o tema “Manejo de sofrimento na Rede de Atenção Psicossocial (Raps): ideação suicida, automutilação e coletividade nas infâncias e adolescências”. O evento contou com a presença de mais de 50 pessoas, entre profissionais da área, estudantes, usuários dos serviços e a população em geral, onde foram debatidas as demandas específicas do cuidado em saúde mental de crianças e adolescentes, além de propostas novas abordagens de acolhimento

Os diálogos da atividade foram conduzidos pela equipe do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Capsi) da cidade. Entre os palestrantes, estavam profissionais de saúde mental de Maricá, de outros municípios do estado, assim como usuários dos serviços. Dessa forma, foram apresentadas experiências plurais para estimular reflexões sobre a assistência oferecida e o diferencial da escuta desse público.

Bruna Lopes, psicóloga das Equipes Multidisciplinares de Atenção Psicossocial (Emap) do município, ressaltou o impacto do evento para o dia a dia profissional.

“É fundamental a realização de eventos como esse, principalmente os fóruns de atenção psicossocial. Neles, temos a oportunidade de conhecer melhor as políticas públicas sobre a área presentes na cidade, dialogando, debatendo e trocando para ampliar nossos horizontes, além de qualificar ainda mais a atuação profissional”, afirmou.

Tainara Cardoso, psicóloga e gestora do Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil (Capsi) Pequeno Hans, na zona oeste carioca, participou da mesa de diálogos e garantiu que o debate envolve várias esferas.

“Os fóruns são essenciais para a garantia da participação e do controle social, ouvindo os usuários, os familiares, a sociedade civil e os trabalhadores da área. Falar de suicídio e de violências autoprovocadas nos faz entender que é algo que se dá por vários vetores, não tem uma única origem, mostrando a nossa responsabilidade social diante disso e como podemos trabalhar essa questão”, pontuou.

O estudante Daniel Nascimento, de 18 anos, ressaltou o diferencial da ação para construir formas de cuidado coletivamente.

“O fórum foi muito importante, ainda mais pela diversidade de pessoas presentes, reforçando o que precisamos: de um cuidado que seja pensado não só na gente, mas com a gente. É uma construção participativa, em que as pessoas trocam suas opiniões, vivências e dialogam com a equipe técnica. A partir disso, há mais conhecimento do território e das pessoas, o que melhora ainda mais o cuidado”, concluiu.

Cuidados em saúde mental na cidade

No município, os moradores contam com acolhimento qualificado nessa área. A Rede de Atenção Psicossocial (Raps) é composta principalmente pelos Caps, que atuam como organizadores e reguladores da assistência aos moradores acolhidos, possibilitando a atuação conjunta e articulada entre os serviços. Atualmente, o Caps III acolhe 24 horas as pessoas com transtornos mentais graves, que têm acesso no espaço a atendimentos individuais, em grupos e à família, incluindo assistência especializada e oficinas, como musicoterapia, artes, e de estímulo ao corpo e à mente.

Maricá também possui o Caps Álcool e Outras Drogas (CapsAD), o Caps infanto-juvenil (Capsi) e as Equipes Multidisciplinares de Atenção Psicossocial (EMAP), que estão distribuídas nos quatro distritos e atendem aos casos de adoecimento psíquico moderado, atuando junto às equipes de saúde da família. O Samu (telefone 192) e o Hospital Municipal Conde Modesto Leal são pontos de atenção da Raps, atuando na retaguarda à crise dos usuários.

 

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