A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Participação Popular e Direitos Humanos, promoveu na quinta-feira (30/11), o seminário do Programa Cultura de Direitos, que teve como tema “Construindo Territórios de Acolhimento com Participação Popular”.
O evento aconteceu no bairro Condado e reuniu cerca de 200 pessoas que trouxeram um pouco da evolução do programa nos últimos cinco anos e contou com apresentação de vídeos relembrando as realizações no período, mostrando as atividades nos polos e nas oficinas. Também foi apresentado o selo comemorativo pelos cinco anos.
O coordenador geral do programa Cultura de Direitos, Diestéfano Sant’Anna, explicou que o seminário mostra a importância do programa para a população maricaense.
“O seminário é o compilado do nosso trabalho nesses últimos cinco anos, mostrando para alunos, familiares, profissionais e convidados um pouco do trabalho realizado, como o apoio do Comitê de Defesa dos Bairros (CDB), no acompanhamento social, nas oficinas e polos em cada distrito. Muitas vezes as pessoas não têm dimensão do trabalho que foi realizado e quanto isso impactou na vida das pessoas. Então é importante prestar contas e demonstrar esse processo. Esse seminário marca a importância de demonstrar para as pessoas, prestar conta para a sociedade de Maricá”, disse.
Ao todo, mais de cinco mil pessoas já foram beneficiadas pelo programa, que hoje conta com 1.300 alunos matriculados nas oficinas. E conta também com o acompanhamento social das famílias presentes nos territórios abrangidos pelos Polos, com cerca de oito mil cadastrados, o que representa 24 mil pessoas referenciadas pelo Comitê de Defesa dos Bairros (CDB).
O programa ainda conta com ações socioeducativas e culturais, aplicando a metodologia de trabalho numa perspectiva de aprendizagem e desenvolvimento integral.
Alunos aprendem nas oficinas
Morador do Manu Manuela, o operador de drone Jorge Luiz Lopes, de 44 anos, contou que por meio das aulas na oficina de fotografia, viu a renda familiar aumentar e foi finalista de prêmio.
“Faço as oficinas de fotografia e iluminação. Tanto eu quanto minha esposa fomos finalistas do concurso Caminhos de Maricá. Eu fiquei com duas fotos na final e ela ficou com uma foto. Fui selecionado também para participar do Foto Rio, onde a gente levou um portfólio com algumas fotografias e passou por uma avaliação com alguns curadores lá no local. Depois do Cultura de Direito, eu comecei a ter contato com a parte técnica mais específica, quando eu peguei uma máquina fotográfica pela primeira vez, comprei máquinas e equipamentos e a gente tem feito hoje eventos, como filmagem, fotografia e ensaios, o que ajudou na renda familiar’, disse.
O estudante Guilherme Santos, 14 anos, contou que faz oficinas de capoeira, saxofone alto e iluminação.
“O Cultura de Direitos vem mudando minha vida, tanto nas oficinas, como fora delas, pois na minha escola viram meu desenvolvimento e me presentearam com o saxofone alto, para poder usar nas minhas apresentações, pois não tinha condições de comprar o instrumento. E hoje sou realizado com tudo isso”, destacou.
Programa Cultura de Direitos
O programa Cultura de Direitos foi criado para desenvolver a capacitação por meio de oficinas de audiovisual, videoarte, música, capoeira e mídias sociais, integrando as ações da secretaria com a comunidade. Permite ainda o trabalho de acompanhamento social, da garantia dos direitos básicos e da ampliação da relação direta entre poder público e a população por meio dos agentes sociais do Comitê de Defesa dos Bairros.
Polos
– Polo Pedreiras: Rua Alcides José Rodrigues, número 102 (antiga Rua dos Quintanilhas).
– Polo Itaipuaçu: Rua Raimundo Monteiro, número 203- Itaipuaçu.
-Polo Spar: Rua Sete, Lote 01, Quadra 01- Spar.
– Polo Inoã: Rua da Esperança, Lote 18, Quadra 17, Loteamento Chácaras (antiga Rua 5).
-Polo Manu Manuela: Rua Vinte Sete, nº 586, Manu Manuela.
– Polo Bambuí: Jardim Balneário: Rua 86 (antiga Rua 5), nº 493, Bambuí.
-CDB- Rua Barão de Inoã, nº 511, Lote 26, Quadra D, Loteamento Parque Eldorado/ Centro.
